quinta-feira, 9 de julho de 2015

MÚSICA E RUÍDO - 8º ANO - 2º BIMESTRE


O QUE É MÚSICA?

Tudo pode ser música: o movimento mudo das constelações em contínua expansão, a escola que passa sambando, um jogo, o pulsar cadenciado do coração seu ou alheio, um rito, um grito, o canto coletivo que dá mais força ao trabalho.



Música é, antes de mais nada, movimento. Ritmo; sons, silêncios e ruídos; estruturas que engendram formas vivas. Música é igualmente tensão e relaxamento, expectativa preenchida ou não, organização e liberdade de abolir uma ordem escolhida; controle e acaso.



É por isso que se pode perceber música não apenas naquilo que o hábito convencionou chamar de música, mas - e sobretudo - onde existe a mão do ser humano, a invenção. Invenção de linguagens: forma de ver, representar, transfigurar e de transformar o mundo.

O QUE É O RUÍDO?



O ruído é qualquer som indesejável, desagradável e que perturba, tanto de forma física como de forma psicológica para todo aquele que percebe o ruído, ou seja, para aquele que o ouve.
O ruído varia na sua composição naquilo que se refere à frequência, intensidade e duração. Como conceito, é o som ou a mistura de sons que são capazes de causar dano à saúde de quem o percebe. Ou seja, ruído é um som ou um conjunto de sons desagradáveis ao ouvido dos indivíduos.




Ruído, também como conceito é definido como som indistinto e sem harmonia. Rumor causado pela queda de um corpo ou pelo choque entre dois ou mais materiais que provocam ruídos que são conhecidos como barulho, estrépito ou estrondo.

PODEMOS FAZER MÚSICA COM RUÍDOS?

Observar a ecologia sonora proporciona ao indivíduo à possibilidade de desenvolver a audição, o que é muito importante inclusive para o desenvolvimento do ser humano enquanto ser social. Acredita-se que a escola deve levar o alunado a valorizar a cultura da oralidade, da sonoridade, sem deixar de lado, é claro, o aspecto visual das coisas e situações. A sensibilização auditiva é um processo que ocorre no decorrer da vida de cada um, entretanto precisa ser estimulado através de exercícios de sensibilização auditiva.



Para uma percepção sonora eficiente é fundamental que haja concentração para que se perceba não só os sons que acontecem dentro do nosso contexto visual, mas os sons que ocorrem longe do nosso campo de visão, provocados por pessoas, objetos e situações alheios à nossa vontade, e, sobretudo são necessários que se percebam também os sons que ocorrem no interior do nosso corpo produzido por contrações do aparelho digestivo, do zumbido do cérebro, das batidas do coração, dos movimentos peristálticos, etc. Todos estes movimentos produzem uma sinfonia interna que se passa despercebida, mas que acontece involuntariamente em nós.


A sonoridade acontece dentro e fora do nosso campo visual, em várias dimensões e em vários planos sobrepostos e este fenômeno forma a "paisagem sonora".
Uma paisagem sonora é constituída de três componentes. "Sons fundamentais" aqueles ouvidos continuamente por determinada sociedade. "Sinais sonoros" qualquer som para qual a atenção é particularmente direcionada e estão em contraste com os sons fundamentais. "Marco sonoro" refere-se ao som de uma comunidade e possui qualidades que o tornam especialmente notado pelo povo desta comunidade.


A evolução da humanidade fez com que a paisagem sonora natural fosse gradativamente se transformando em paisagens sonoras artificiais ou tecnológicas. Os sons naturais estão se tornando cada vez mais não-naturais e substituídos por sons feitos à máquina. A Revolução Industrial contribuiu decisivamente para esta transformação. Um grupo de pesquisadores se reuniram para encontrar formas práticas de organizar o som no espaço ou ambiente e dar um nome a esta organização, "Paisagem Sonora" projeto do qual participaram vários estudiosos de várias áreas com o objetivo de fazer um levantamento das diversas paisagens sonoras através do mundo e da história e desenvolver um projeto acústico para a humanidade.


A paisagem sonora mundial deve ser considerada uma imensa composição musical soando incessantemente à nossa volta. Somos simultaneamente seu público, seus executantes, e seus compositores. A ecologia sonora compõe-se de inúmeros tipos de sons: agradáveis, desagradáveis, ruidosos, alegres, tristes, etc. Entretanto ela mostra-se subjetiva, no sentido de que a sua definição é resultante da experiência individual de cada um.

Dois exemplos de união da música com ruídos do cotidiano:







ATIVIDADES

1- Sinfonia dos Brinquedos (Leopold Mozart)


  • Tocar para os alunos a música (primeira mídia, somente tocada);
  • Identificar os sons ou ruídos existentes durante a apreciação;
  • relacionar o que foi descoberto em pequenos grupos que farão uma lista (podendo conter desenhos) sobre uma cartolina para exposição.


2- Helicopter String Quartet ( Kalheinz Stockhausen)

  • Quais são os instrumentos utilizados e que são considerados convencionais?
  • Quais os instrumentos não-convencionais?
  • O que os alunos sentiram ouvindo essa música?
  • O que acharam da ideia do compositor?
(Pedir aos alunos que representem suas emoções através de desenhos)



3- Pedir aos alunos que gravem uma música criada por eles, utilizando elementos não convencionais (objetos, instrumentos de brinquedo, aparelhos eletrônicos - celular, joguinhos etc).
  • Os sons também podem ser pesquisados no próprio ambiente escolar e gravados. 
  • Apresentar na semana seguinte.


4 comentários:

  1. Parabéns pela publicação, ela me auxiliou muito e me apontou novas possibilidades!

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  2. Muito bom! E peço permissão para aplicar na minha escola, mais especificamente à um pequeno grupo( oitavo ano).

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