quinta-feira, 15 de junho de 2017

ARTE HÍBRIDA


O Hibridismo na Arte é um assunto muito discutido hoje no que chamamos de Arte Contemporânea, a Arte de hoje.

Como foi colocado nas explicações acima do significado de hibridismo, cada vez mais se produz trabalhos em Arte que extrapola os limites de apenas uma linguagem e/ou cultural e/ou sociedade.


Performance

A palavra performance vem do verbo em inglês "to perform" que significa realizar, completar, executar ou efetivar. Em muitas ocasiões é usada no contexto de exibições em público, ou quando alguém desempenha algum papel no âmbito artístico, como um ator, por exemplo. Performance também pode ser o conjunto dos resultados obtidos em um determinado teste por uma pessoa.


Performance arte


A performance arte (também conhecida como performance artística) surgiu por volta da década de 1960 e consiste numa forma de expressão artística que pode incluir várias disciplinas diferentes como a música, poesia, vídeo ou teatro. Este tipo de evento poderia ser improvisado pelos artistas, e podia ter ou não um público.



Videocriaturas

Videocriatura é um ser híbrido, uma espécie de cyborg, (metade gente e metade máquina) com um monitor de TV colocado, por meio de armações de tubo PVC moldado a quente, em cima de um ator escondido sob mantos pretos. Cada tela de monitor, ligada por cabos a um gravador de vídeo, mostra-nos a imagem de um rosto recitando monólogos ou dialogando ao vivo com o público ou com outras videocriaturas. O efeito criado nesses “seres” é chamado de low tech, feito com equipamentos domésticos de vídeo e recursos artesanais, improvisado á maneira brasileira, com os conhecimentos de eletrônica que Donasci foi adquirindo na prática.



A proposta de Donasci é simples e precisa: trata-se de ampliar os recursos expressivos do ator com a incorporação da linguagem dos meios audiovisuais. Quando o personagem morre, por exemplo, seu rosto vai aos poucos saindo de foco; quando ele está esbravejando contra o público, sua boca vai entrando num big close-up, através de uma zoom-in, até ocupar todo o rosto-tela. Ao mesmo tempo, o vídeo ganha a dimensão cênica do teatro, libera-se da fatalidade bidimensional e pode relacionar-se fisicamente com a plateia. Em resumo, o videoteatro cria uma linguagem híbrida, que une as formas mais antigas de expressão da humanidade e as mais recentes.




Performances Multimídias

As últimas invenções de Donasci são as chamadas performances multimídias, que possibilitam o videoteatro avançar ainda mais um passo. A ideia dessas performances é simples, mas o efeito final é poderoso. Por exemplo, na performance apresentada por ocasião da 20ª Bienal Internacional de São Paulo – mostrada próximo ao final do vídeo abaixo -, vê-se um ator contracenando ao vivo com a imagem de uma mulher projetada num telão. Como esse telão foi confeccionado num tecido bastante elástico, a atriz, que forneceu a imagem projetada, pôde colocar-se atrás da tela e modelá-la com seu corpo, sem ser vista pelo público. A impressão que o público tem é que a imagem da mulher, projetada no telão, torna-se viva e tridimensional, permitindo ao ator “real” abraçá-la e até mesmo fazer amor com ela no palco. O mesmo processo foi utilizado também por Donasci, mas de uma forma mais radical, na encenação da peça de Marcelo Paiva 525 Linhas, em 1989.

A cada nova experiência, Donasci destila o seu processo e avança na direção da síntese do teatro com as novas tecnologias. No Videobrasil de 1992, ele dá mais um passo nesse sentido: “Os rostos agora tridimensionais flutuam como velas no espaço sopradas por ventiladores montados junto com projetores em torres que se movimentam em cena, sobrevoando as cabeças dos espectadores, chocando-se com a plateia, simulando que os engolem.” (Otavio Donasci).











MÁSCARAS DE SACOS DE PAPEL, CARTOLINA...







MÁSCARAS EM PAPELÃO






MÁSCARAS CUBISTAS EM PAPELÃO


 










sábado, 10 de junho de 2017

MOSTRA CULTURAL - PAPA JOÃO PAULO I - 04/12/2015

Trabalhos dos 9ºs anos B, D, E, F e G - Design artesanal: Tapeçaria feita em tear de papelão; Design industrial: Linhas de produção industrial (Maquetes); Livros de imagens 





























 

Colagens Pop - 1ºs A, B e C















Instalação - Performance - Parangolés - 1ºs A, B e C











Definição

Fruto das experiências de Hélio Oiticica (1937-1980) com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, o Parangolé é criado no fim da década de 1960.



Considerado por Hélio Oiticica a "totalidade-obra", é o ponto culminante de toda a experiência que realiza com a cor e o espaço. Apresenta a fusão de cores, estruturas, danças, palavras, fotografias e músicas. Estandartes, bandeiras, tendas e capas de vestir prendem-se nessas obras, elaboradas por camadas de panos coloridos, que se põem em ação na dança, fundamental para a verdadeira realização da obra: só pelo movimento é que suas estruturas se revelam.


Posterior aos Bólides - recipientes com pigmento para serem manuseados, criados em 1963 -, os Parangolés ampliam a participação do público na medida em que sua ação não está mais restrita ao manuseio, como nas obras anteriores. Eles pressupõem a transformação na concepção do artista, que deixa de ser o criador de objetos para a contemplação passiva e passa a ser um incentivador da criação pelo público. Ao mesmo tempo que pressupõe uma transformação no espectador, dado que a obra só acontece com sua participação. Trata-se de deslocar a arte do âmbito intelectual e racional para a esfera da criação, da participação.

Muitas vezes usados por integrantes da Mangueira - Mosquito (mascote do Parangolé), Nildo, Jerônimo, Tineca e Nininha Xoxoba entre outros -, o Parangolé expressa inconformismo - alguns levam frases como "ESTOU POSSUÍDO" ou "INCORPORO A REVOLTA" - e é um "estandarte da anti-lamúria", revelando a cumplicidade do artista com os que vivem à margem da sociedade.