A MATERIALIDADE NAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS
"Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto."
Leonardo Boff
1- Ação expressiva
- Quais são suas sensações ao acordar logo de manhã e ouvir o som da chuva?
- Abrimos a janela e nosso olhar repousa amorosamente sobre o que vemos? Ou a chuva desperta outros sentimentos?
- Que lembranças a chuva nos traz? Em que nos faz pensar?
- Fazer o esboço de uma ideia a partir dessas questões, representando uma das linguagens artísticas.
2- Apreciação
- Composta pela leitura das obras de arte visuais e verbais a seguir.
- Reflita: A chuva é matéria da natureza ou natureza da matéria na arte?
- Nas obras desses artistas, a chuva parece ser matéria a nos dizer coisas. Nelas pode-se perceber que o significado da chuva não é inerente à realidade, mas é a arte que confere significado à realidade, provocando novas e abertas sensações, significações, pensamentos.
- E por ser a chuva, nessas obras, a própria matéria da arte, muitos recursos, procedimentos, ferramentas e suportes hão de ser usados.
3- Curadoria educativa
- Quando obras contendo um mesmo tema são reunidas e mostradas de forma a que o espectador viva dentro de si aquilo que o artista procurou mostrar a partir desse tema, a curadoria teve resultado positivo.
OBRAS
Que Maravilha
(Jorge Ben Jor)
Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
pois Ela vem toda de branco
Toda molhada linda e despenteada,
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
pois Ela vem toda de branco
Toda molhada linda e despenteada,
que maravilha
Que coisa linda que é o meu amor
Por entre bancários, jatomóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando minha harmonia
Que coisa linda que é o meu amor
Por entre bancários, jatomóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando minha harmonia
sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga pura linda
Ela vem chegando de branco, meiga pura linda
e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo lindo
Que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua do mundo
No meio da chuva, a girar, que maravilha
A girar, que maravilha
A girar
Com a chuva molhando o seu corpo lindo
Que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua do mundo
No meio da chuva, a girar, que maravilha
A girar, que maravilha
A girar
Cantando na chuva (1952)
Carlos Drummond de Andrade
Sobre o tempo, sobre a taipa,
a chuva escorre. As paredes
que viram morrer os homens,
que viram fugir o ouro,
que viram finar-se o reino,
que viram, reviram, viram,
já não vêem. Também morrem.
[...]
Golconda - René Magritte, 1953 |
Adorei suas referências.
ResponderExcluirObrigada!
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