Literatura de Cordel
A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos.
Assim como muitos itens dos que compõem a nossa cultura, a literatura de cordel tem influência Portuguesa. Os autores das poesias se denominam trovadores e geralmente quando as declamam são acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam.
Este tipo de literatura marcou também a cultura francesa, espanhola e portuguesa, através dos trovadores. Estes eram artistas populares que compunham e apresentavam poesias acompanhadas de viola e muitas vezes com melodia. Se apresentavam para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor, etc. Assim como no trovadorismo, movimento literário que abriga essa prática, hoje é a literatura de cordel. Até mesmo as competições entre dois trovadores, com suas violas, é presenciada hoje por nós e já foi muito praticada nos três países citados, especialmente em Portugal.
No Brasil prevalece a produção poética, mas em outros locais nota-se a forte presença da prosa. A forma mais freqüentemente utilizada é a redondilha maior, ou seja, o verso de sete sílabas poéticas. A estrofe mais comum é a de seis versos, chamada sextilha. E o esquema de rimas mais comum é ABCBDB.
Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico, que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao mesmo tempo que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Uma outra característica é o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas “engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor, relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas, cidades, regiões, etc.
Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a ideia proposta.
Autor: Zé da Luz
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
FIM
Para ler e conhecer mais sobre os Cordéis, visite: www.ablc.com.br
Mais links:
http://cordeldobrasil.com.br/v1/
http://www.suapesquisa.com/cordel/
O dicionário Larousse, Ática, define xilogravura da seguinte forma: “gravura obtida pelo processo da xilografia”. Xilografia quer dizer “arte de gravar em madeira. Técnica de impressão em que o desenho é entalhado com goiva, formão, faca ou buril em uma chapa de madeira”.
As gravuras na Literatura de Cordel
- Xilogravura
O dicionário Larousse, Ática, define xilogravura da seguinte forma: “gravura obtida pelo processo da xilografia”. Xilografia quer dizer “arte de gravar em madeira. Técnica de impressão em que o desenho é entalhado com goiva, formão, faca ou buril em uma chapa de madeira”.
História da Xilogravura
As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6. Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante o século 18. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias, onde influenciaram as artes do século 19 e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e inciando a produção em larga escala de imagens pictóricas.
Porém, com o avanço tecnológico do século 20, a técnica da xilogravura começa a cair em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e artesões.
As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6. Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante o século 18. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias, onde influenciaram as artes do século 19 e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e inciando a produção em larga escala de imagens pictóricas.
Porém, com o avanço tecnológico do século 20, a técnica da xilogravura começa a cair em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e artesões.
Técnica e funcionalidade
Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana.
Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana.
Xilogravura aplicada no Brasil
O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos brasileiros.
O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos brasileiros.
A gravura em isopor é usada como um recurso artístico e didático que reconstrói o processo da xilogravura, gravura em relevo, feita em madeira.Ela apresenta especificidades que favorecem o manuseio, apresentando, de uma forma geral, menos rigidez que a madeira. O isopor, mais poroso e macio, não exige as goivas ou estiletes usados para cortar a fibra da madeira, mas pelo contrário: pode ser gravado com praticamente toda sorte de objetos, desde lápis, uma ponta seca, a tampinhas, pregos etc.
MATERIAL:
- bandejas de isopor (daquelas para frios, por exemplo)
- tinta guache preta, azul, verde, etc. Uma cor escura é melhor para que se possa visualizar o entalhe do isopor.
- pincéis ou rolinhos de pintura
- jornais para forrar as mesas
- folhas de sulfite (cortadas nas medidas do livrinho de cordel)
- folhas para rascunho ou criação dos estudos
- lápis preto
- palitos de madeira (de churrasco ou outro qualquer)
Obs.: O correto, antes de partir para a gravura em isopor, é criar o estudo que se pretende "entalhar" primeiro em sulfite, na medida padrão para a capa do cordel.
Entalhe com palito
Pintura do entalhe utilizando rolinho
Impressão
Impressão
Exemplos de impressões diversas
Muito interessante. Parabéns!
ResponderExcluirMuito bom. Vou trabalhar com meus alunos
ResponderExcluirJá trabalhei. Eles adoram!!!!
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