História da Arte - Arte Antiga

Introdução à História da Arte




A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos existentes. Ela atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. Desde a pré-história, o homem sempre criou elementos que o ajudassem a superar as suas necessidades e a vencer desafios.

Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos, algo que a utilidade pública muitas vezes não consegue questionar, somente considera a sua beleza. Eles são conhecidos como obra de arte. Elas fazem parte da cultura do povo e são capazes de ilustrar situações sociais ou não.

A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto a sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma obra.

Podemos identificá-las de todas as formas: arquitetura, música, cinema, teatro, dança, etc. Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.

Mas, será preciso estudar a história da arte, se ela está em tudo que existe? Por que ela é importante? Para responder a tais questões, é preciso estar disposto a aprender, a conhecer o mundo. Nela, aprendemos a refletir sobre as principais filosofias e os principais críticos da arte, assim como o estudo dos objetos artísticos e os diferentes contextos sociais. A partir daí, você estará apto para criar, criticar e entender os movimentos artísticos que surgem no decorrer dos anos.

Saiba que um artista não é só aquele que é criativo, mas aquele que cria objetos capazes de atender as necessidades e divulgar os seus pensamentos, assim como estimular outras pessoas e descobrir novas formas de fazer arte.






  • Arte Pré-histórica




A Pré-História é uma época anterior à escrita, iniciada pelo aparecimento dos primeiros hominídeos, entre 1.000.000 até 4000 a.C.





Não há nenhum documento escrito revelando algo sobre esse período. Pesquisadores, antropólogos e historiadores, por meio da arqueologia, fizeram estudos para desvendar os povos que viviam nessa época. Nos primórdios da humanidade, a formação da Terra, de acordo com os cientistas, é de cinco bilhões de anos. Já o início da vida na Terra começou a se formar depois de um bilhão de anos. E foi se evoluindo. A Pré-História, conhecida também como Idade da Pedra ou Paleolítico Superior, foi o período mais longo da época, é dividida em três períodos:
  • Paleolítico Inferior – até 500000 a.C. (caça e e coleta, instrumentos feitos de pedra, madeira, ossos, controle do fogo e surgimento dos primeiros hominídeos);
  • Paleolítico Superior – aproximadamente 30 000 a. C (pinturas e esculturas, objetos feito de marfim, ossos, pedra e madeira);
  • Neolítico – por volta do ano 10 000 a.C. (objetos feitos de pedra polida, início da agricultura, artesanato, construção de pedra e a primeira arquitetura), de 5000 até 3500 C surge a idade dos metais, o final desse período, quando acontece o desenvolvimento da metalurgia, surgimento de cidades, invenção da roda, da escrita e do arado de bois.


As primeiras manifestações artísticas foram encontradas no Paleolítico Superior ou Idade da Pedra Lascada.

Idade da Pedra Lascada

O naturalismo era a forma dos primeiros artistas da Pré-História registrarem aquilo que viam.




Muitos dos desenhos se assemelhavam aos desenhos infantis, mas as técnicas reproduzidas por eles não devem ser encaradas dessa forma. Como principal característica da arte, temos o naturalismo. Naquele tempo o artista desenhava aquilo que ele estava vendo, e isso é notado, através das pinturas deixadas nas cavernas, ou pinturas rupestres. Os animais, a natureza e tudo que eles podiam captar, eles reproduziam. 





Uma das explicações sobre isso é que as pinturas eram feitas por caçadores que acreditavam em princípios mágicos: se fizessem a pintura de um animal na parede, poderiam capturá-lo no dia seguinte.



Técnicas utilizadas

  • Mãos em negativo – feitas com argila no interior das cavernas, começaram a desenhar e pintar animais. O motivo era que através da pintura de animais, feita por caçadores, eles poderiam capturá-lo no momento de sua caça.
  • Interpretação da natureza – suas imagens produzidas nas cavernas revelam traços de força e movimentos para figuras de animais selvagens, como os bisontes e traços mais leves e frágeis, como cavalos.
  • Escultura – as mulheres eram as mais reproduzidas nas esculturas. Nelas, encontramos uma mulher com ventre e quadris volumosos, seios grandes e a cabeça se juntava ao corpo.
  • Instrumentos – utilizavam para fazer as pinturas óxidos minerais, osso, carvão, sangue de animais e vegetais e também o pó proveniente da trituração de pedras para fazer as mãos em negativo.

Destaques




  • Vênus de Savignano;
  • Vênus de Willendorf.
    Vênus de Savignano

    Vênus de Willendorf



Idade da Pedra Polida

Homem começa uma revolução no último período da Pré-História (Neolítico ou Idade da Pedra Polida), por volta do ano de 10 000 a. C.

Nesse período eles criavam armas e instrumentos com pedra polida, fato que deu o nome ao período. Com êxito, é o período em que eles começam a domesticar animais e dão os primeiros passos na agricultura. Além disso, os objetos com cerâmica, a fiação, o artesanato e a arquitetura começam a compor o cotidiano do homem na Pré-História. Os povos passaram a formar famílias e foi feita a divisão do trabalho.





Técnicas

  • Técnica de tecer panos;
  • Fabricação de cerâmicas;
  • Arquitetura: construção das primeiras casas;
  • Técnicas para a produção do fogo;
  • Trabalho com metais.

A partir dessa revolução, os homens como se transformaram em camponeses, trocaram o sentido de caça pela livre abstração e racionalização, ou seja, a arte deixa de ser natural e passa a ser mais geométrica e simples. Surge, então, a primeira transformação da história da arte. Nessa época, os trabalhos cotidianos eram representados e sentia-se a necessidade de dar movimento às imagens.





Vê-se nas imagens, a representação de danças, relacionadas as suas crenças, a criação de figuras leves, rápidos, pequenas e com pouca cor. A partir desses desenhos começa a surgir a escrita.





  • Escrita pictográfica – a representação de seres e ideias, através do desenho. 

Outro fato era a produção de cerâmicas: a beleza era considerada e não apenas a utilidade do objeto. Ex.: Ânfora em terracota, da Dinamarca, e o Vaso escandinavo em terracota, encontradas na Escandinava e na Sardenha.



Técnicas da Idade dos Metais:



  • A técnica da cera perdida;
  • Método da forma de barro.
  • Geralmente, as esculturas em metais eram representadas por guerreiros, mulheres cheias de detalhes que mostravam roupas e armas utilizadas no período. Os homens que antes moravam em cavernas passaram a construir suas próprias casas. As mais conhecidas são os nuragues, os dólmens.
    Nuragues localizados na aldeia de Barumini, na Sardenha

    Dólmens localizados no Santuário de Stonehenge, Inglaterra




    Planta do Santuário de Stonehenge

Monumentos em Destaque
  • Stonehenge na Inglaterra, considerada uma dos monumentos mais impressionantes do período, é um mistério;
  • Templo de Gdantija, em Malta;
  • Cromeleque do Alamendres, Portugal. 
Idade Antiga

O período da Idade Antiga se estende de 4000 a. C. 476 d. C.

Já havia vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva.

O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo, a religião oficial do Império Romano.

Foi nesse período que iniciou a escrita e terminou com a queda do Império Romano do Ocidente.




  • Arte Egípcia





A arte egípcia por um lado, é marcada pela escrita avançada, e pela religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele povo.


Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram edificadas sob construções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides.

Mitologia egípcia e religião

As divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características.
RÁ-ATUM
Principal deus egípcio, Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol. Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até como um escaravelho. Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá.

OSÍRIS

Descendente direto de Rá (o deus da criação), Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

ÍSIS

Dona de poderes mágicos, protetora e piedosa, a irmã-esposa de Osíris era muito popular - foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do cristianismo. O rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.

SET

O deus do caos é o responsável pelas guerras e pela escuridão. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Tem a forma do porco-formigueiro - animal raro da África.

NEPHTHYS

No vale-tudo da mitologia, foi irmã-esposa de Set e de Osíris. Após a morte deste, separou-se de Set e se juntou a sua irmã Ísis em luto. É associada ao culto dos mortos e mostrada às vezes como uma mulher ao lado de sarcófagos.

HÓRUS

Filho de Osíris e Ísis, tem cabeça de falcão e é o protetor dos faraós e das famílias. Quando perdeu o pai, lutou contra Set pelo trono de principal deus do Egito. Após intervenção de Osíris, direto do "Além", os demais deuses aclamaram Hórus como líder supremo.

HATHOR

A esposa de Hórus é a deusa guardiã das mulheres (especialmente as grávidas) e protetora dos amantes. No Egito antigo, a vaca era considerada um animal gentil, por isso Hathor era representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

ANÚBIS

O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos.

THOTH

Sua origem é polêmica: alguns textos o apresentam como filho de Rá, outros, como de Set. Com cabeça de uma ave - a íbis - é o deus da Lua, da sabedoria e da cura. É o patrono dos escribas e trouxe os hieróglifos ao Egito.

BASTET

Ligada à fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1000 a.C., sua imagem ganhou a forma de gato - animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá.

SEKHMETH

A poderosa deusa com cabeça de leoa é filha de Ra, mas reflete o aspecto destrutivo do Sol. Foi enviada por Rá para punir os humanos que passaram a adorar um deus em forma de serpente.




 








A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós, fazendo parte da classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais abaixo ainda da camada estavam os escravos. 




Esse império se iniciou com Djoser o Antigo Império (3200-2200 a.C.) seu contribuição foi transformar o Baixo Egito no centro do reino. O império é dividido em:



  • Antigo Império – 3200 a 2300 a. C.
  • Médio Império – 2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas.
  • Novo Império – 1580 a 525 a. C.
Arquitetura


As características gerais da arquitetura egípcia são: 

  • solidez e durabilidade; 
  • sentimento de eternidade; 
  • aspecto misterioso e impenetrável.
Os tipos de colunas egípcias são divididos conforme seu capitel.

Componentes de uma coluna:


  • Fuste:É a própria coluna que vai da base ao capitel;
  • Base: É o ponto de ligação do fuste com o pedestal;
  • Capitel: Faz a união entre o elemento vertical e horizontal. Geralmente é a parte mais trabalhada da coluna e é o que caracteriza seu estilo.

 A ordem protodórica marca sob o Antigo Império a transição entre o pilar e a coluna:

• Palmiforme – inspirada na palmeira branca;
• Papiriforme - flores de papiro. O fuste da coluna papiriforme é igualmente fasciculado, desta vez em arestas vivas. Quando as umbrelas estão abertas, o capitel é chamado de campaniforme;
• Lotiforme – capitel representa um ramo de lótus com corolas fechadas e o fuste reproduz vários caules atados por um laço.






Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó:



  • A pirâmide de Djoser, na região de Sakara, construída pelo arquiteto Imotep;
  • Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a maior a primeira.
  • Esfinge do Egito Antigo: uma representação do faraó Quéfren, a mais conhecida.

Pirâmide escalonada de Djoser
Pirâmides de Gizé


Esfinge de Gizé






Mastaba

 


Pintura


A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era:



  • A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista.





Escultura


Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais.




Casal Real
Escriba sentado


Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados. Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram trabalhados com papiro e a flor de lótus.


Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut.



  • Arte da Mesopotâmia




Teocrática e absolutista, a civilização mesopotâmica produziu manifestações artísticas subordinadas aos interesses do estado e da religião, o que não impediu a criação de formas expressivas de grande originalidade e valor estético. A arte mesopotâmica compreende as obras artísticas das diversas culturas que, na antiguidade, se desenvolveram na região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Os primeiros vestígios de populações estáveis foram encontrados na região norte e datam de meados do sexto milênio antes da era cristã, na transição entre o neolítico e o calcolítico. Essas comunidades foram denominadas de acordo com a localização dos sítios arqueológicos: Hassuna, Hassuna-Samarra e Halaf. A cerâmica produzida por essas populações é decorada com desenhos geométricos adaptados à forma dos vasos com notável habilidade. No delta formado pelos dois rios, a fase pré-histórica mais antiga recebe o nome de Obeid I. Acredita-se que o povo sumério tenha surgido dos primitivos povoadores, mas a hipótese não foi comprovada. A presença dos sumérios só é corroborada com provas a partir de aproximadamente 3100 a.C., com a invenção da escrita.

Mesopotâmia — nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos) - é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um planalto de origem vulcânica localizado no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por desertos.





Inserida na área do Crescente Fértil - de Lua crescente, exatamente por ela ter o formato de uma Lua crescente e de ter um solo fértil -, uma região do Oriente Médio excelente para a agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas: ao Norte a Alta Mesopotâmia ou Assíria, uma região bastante montanhosa, desértica, desolada, com escassas pastagens, e ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios, que nascem nas montanhas da Armênia e desaguam separadamente no Golfo Pérsico.


História

A Mesopotâmia é considerada um dos berços da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia.




Povos

A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nômades oriundos de diversas regiões. A terra fértil fez com que alguns desses povos aí se estabelecessem. Do convívio entre muitas dessas culturas floresceram as sociedades mesopotâmicas. Os povos que ocuparam a mesopotâmia foram os sumérios, os acádios, os amoritas ou antigos babilônios, os assírios, os elamitas e os caldeus ou novos babilônios. Como raramente esses Estados atingiam grandes dimensões territoriais, conclui-se que apesar da identificação econômica, social e cultural entre essas civilizações, nunca houve um Estado mesopotâmico. 








Artes

O Grande Zigurate de Ur, um zigurate de 4100 anos, perto de Nassíria, no Iraque.








  • Arquitetura. A mais desenvolvida das artes , porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;. O zigurate, torre piramidal, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astronômicas.

As muralhas construídas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas realizavam-se corridas de carros. Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das procissões e a porta azul de Ishtar(deusa do amor e da fertilidade) eram decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de Berlim, mas suas cores desaparecem.












  • Escultura e a pintura Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre, representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanipal são obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da arquitetura.





Um dos raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrados no Palácio de Mari, descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber o seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes era permitido demonstrar.





Como era preciso colocar figuras de três dimensões numa superfície de apenas duas, a imagem sofria processo de distorção: cabeça, pernas e pés eram representados de perfil; o busto, de frente. Essa dissociação recebeu o nome de "lei da frontalidade" e marca todas as épocas da arte mesopotâmica. 






Nas esculturas mais antigas, os padrões de elaboração eram rígidos: nariz em forma de bico, globo ocular indicado por uma concha, pupila em lápis-lazúli, cílios marcados com um risco preto.






Os trajes convencionais distinguiam as figuras femininas das masculinas: na época dos sumérios, o homem cobria-se até a cintura, enquanto a mulher deixava nus apenas o braço e o ombro direitos.





De modo geral, as esculturas destinavam-se a substituir a presença da pessoa representada, no templo. Por essa razão, as figuras, na maior parte das vezes, encontram-se em posição de adoração. Esse rigor formal pode ser observado nas placas fúnebres que acompanhavam o morto ao túmulo, narrando em pedra ou argila os acontecimentos mais importantes da sua vida.





Não se conhece o nome de nenhum artista mesopotâmico. As obras eram executadas em grandes ateliês anexos aos palácios por uma coletividade de pessoas que, na escala social, se encontravam no mesmo nível dos artesãos.

Escrita

No Código de Hamurabi, arquitetos e escultores são mencionados ao lado de ferreiros e sapateiros, ou seja, constituíam a terceira classe da sociedade mesopotâmica: os mushkinu - palavra da qual deriva o vocábulo "mesquinho".





Código de Hamurabi - Museu do Louvre

Escrita cuneiforme do Código de Hamurabi



escrita cuneiforme permitiu o desenvolvimento dos selos cilíndricos, criados pelos sumérios. Os temas, representados em relevo, eram muitos diversos ( animais, plantas, procissões). Impresso na argila fresca, reproduzia as figuras com absoluta fidelidade, funcionando como uma espécie de marca registrada do seu dono.










Cunha para a escrita cuneiforme



Numeração Babilônica

Alfabeto correspondente à escrita cuneiforme 



  • Arte Grega
Introdução 

Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.

Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.

Arquitetura Grega 

Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico (veja abaixo).

A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:








1 – Coríntio - pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.
2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.
3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular.

Exemplos de construções da Grécia Antiga:

- Estátua de Zeus em Olímpia
- Parneton de Atenas
- Colosso de Rodes
- Tempo de Ártemis em Éfeso
- Farol de Alexandria

 









 



 







Pintura Grega 

A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.





Escultura Grega

As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.

Afrodite, Eros e Pan


Discóbulo
Influência na arte romana 

Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estílo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças.


  • Arte Romana
Introdução

Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais da Grécia Antiga e chegou a "copiar" estátuas clássicas. Imperadores, deuses e figuras mitológicas foram retratados nas esculturas romanas.



Discóbolo de  Míron (450 a.C.)

Figura de um atleta (Albânia)


Aníbal Barca (247 a.C - 183 a.C.)




Arquitetura romana


Durante a época do auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. Na arquitetura, destacam-se a construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos.



Arco de Constantino


Pintura romana 

A pintura mural (afrescos) recorreu ao efeito da trimensionalidade. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas.



SALA dos MISTÉRIOS - pintura mural da Roma Antiga


Os gêneros artísticos mais comuns na pintura romana eram: paisagens, retratos, arquiteturas, pinturas populares e pinturas triunfais.






Natureza-morta de Pêssegos e Jarro de Água, 
c. 50 d.C. Pintura mural de Herculano.



Natureza-morta com ovos e tordos. Pintura mural proveniente da
villa di Giulia Felice em Pompeia. Século I .d.C.

Cena da vida de ÍxionCasa dos VettiiPompeia.

Mulher romana


Os pintores romanos usavam como materiais de trabalho tintas produzidas a partir de materiais da natureza como, por exemplo, metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e seivas de árvores.



  • Arte Paleocristã
Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva.
Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios.
Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica.








Para entender melhor a simbologia:

  • Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador". 
  • Outra forma de simboliza-lo é o desenho do pastor com ovelhas "Jesus Cristo é o Bom Pastor" e também, o cordeiro "Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus". 
  • Passagens da Bíblia também eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de Noé; Jonas engolido pelo peixe e Daniel na cova dos leões. 
  • Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de Roma. Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C. o imperador Constantino legaliza o cristianismo, dando início à 2a fase da arte paleocristã : a fase basilical. 
  • Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado "Basílica" (origem do nome: Basileu = Juiz) , lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais. Eram edifícios com grandes dimensões: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. 
  • Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas para eles pudessem usar como local para as suas celebrações. 
  • O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do Antigo e do Novo Testamento. Esse tratamento artístico também foi dado aos mausoléus e os sarcófagos feitos para os fiéis mais ricos eram decorados com relevos usando imagens de passagens bíblicas. 
  • Na cidade de Ravena pode-se apreciar o Mausoléu de Gala Placídia e a igreja de Santo Apolinário, o Novo e a de São Vital com riquíssimos mosaicos. 
  • Em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre seus dois filhos: Honório e Arcádio.Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital , e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com a capital Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul). 
  • O império Romano do Ocidente sofreu várias invasões, principalmente de povos bárbaros, até que, em 476 d.C., foi completamente dominado(esta data, 476 d.c., marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média). Já o Império Romano do Oriente (onde se desenvolveu a arte bizantina), apesar das dificuldades financeiras, dos ataques bárbaros e das pestes, conseguiu se manter até 1453, quando a sua capital Constantinopla foi totalmente dominada pelos muçulmanos (esta data, 1453, marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna).



Detalhe de um sarcófago, provavelmente proveniente da Catacumba de Domitília, mostrando o julgamento de Pilatos.

Glossário


  • Afresco: arte ou método de pintura mural que consiste em aplicar cores diluídas em água sobre um revestimento de argamassa ainda fresco, de modo a facilitar o embebimento da tinta.
  • Catacumbas: conjunto de galerias e salas escavadas no subsolo para sepultamentos, especialmente as construídas pelos cristãos, em Roma, do século 1 ao século 4, talvez também usadas como lugar de culto, catequese e refúgio às perseguições.
  • Iluminura: desenho, miniatura, grafismo que ornamenta livros. 




  • Arte Bizantina

A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.

A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficialização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus.


A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas.



Igreja de Santa Sofia

O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império.




Mosaico com imagem de Justiniano na Basílica de São Vital em Ravenna




Arquitetura

O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega.


Igreja de Santa Sofia (interior)





A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
Igreja de Santa Sofia





Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentadas por colunas e os mosaicos como elementos decorativos.


Basílica de Santo Apolinário - Classe (Itália)





Basílica de San Vitalle - Ravena (Itália)









Pintura e Escultura

A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação.
Ícone


Miniatura 

Afresco "A Cretense", de influência veneziana.



Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham. 


Díptico consular de Flávio Anastácio Probo.

Tríptico Harbaville feito em marfim,
Museo de Louvre,
Paris, França.



Mosaicos

O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-se ainda a figura dos profetas.


Imperatriz Teodósia e sua família (detalhe)




«O Bom Pastor entre dois Anjos» - Mosaico bizantino do século VI – Basílica de Santo Apolinário Novo em Ravenna, Itália




O Imperador bizantino Constantino IX Monômaco (reinou 1042-1055) e a Imperatriz Zoé diante do Cristo Pantocrátor. Mosaico da galeria sul da catedral da Divina Sabedoria (Haghia Sophia, Santa Sofia), Constantinopla, meados do séc. XI dC.







11 comentários:

  1. Você poderia colocar o nome das obras Romanas?

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  2. Como baixar a matéria toda da história da arte

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  3. Preciso que alguém me ajudem em umas perguntas

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  4. Minha filha é viciada em redes sociais, não larga do celular um minuto. Ficava muito preocupado por ela poder estar mantendo contato com gente que eu sequer conhecia. Mas graças ao https://brunoespiao.com.br/espiao-de-email que instalei no celular dela, eu consigo ver tudo o que ela faz no aparelho ou com quem conversa.

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