quarta-feira, 5 de novembro de 2014

JINGLE

Criação de Jingle




Significado de Jingle

O que é Jingle:

Jingle é um termo inglês cujo significado refere-se à música composta para promover uma marca ou um produto em publicidades de rádio ou televisão. Jingle também é o ato de fazer algo tilintar ou soar. Por exemplo, o tilintar das chaves seria dito em inglês jingle of keys.

 

Jingle publicitário

O jingle publicitário é criado para cativar o público. Geralmente tem letras e melodias simples para que sejam facilmente memorizadas e inconscientemente recordadas por quem as ouve. Os jingles são geralmente curtos, quando muito, chega a um minuto de duração.

Um dos mais famosos jingles brasileiros é de um comercial da Guaraná Antárctica, com a inesquecível letra Pipoca com Guaraná. Mesmo passados muitos anos, há quem se recorde da música:




“Pipoca na panela
Começa a arrebentar
Pipoca com sal
Que sede que dá
Pipoca e guaraná
Que programa legal
Só eu e você
E sem piruá!
Que tal?
Quero ver pipoca pular 
(pipoca com guaraná)
Eu quero ver pipoca pular 
(pipoca com guaraná)
Quero ver pipoca pular, pular
Soy loca por pipoca e guaraná
Ah, ah, Guaraná!” 


Dados da Aula


O que o aluno poderá aprender com esta aula


- Identificar os elementos organizacionais e estruturais do jingle.

- Identificar a finalidade do gênero textual jngle.

- Trabalhar a linguagem oral.

- Conhecer as práticas sociais de produção e circulação do jingle.
Duração das atividades
5 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

É importante que os alunos tenham alguma noção sobre linguagem oral.
Estratégias e recursos da aula


Para começar, uma breve definição de jingle:
Jingle: Palavra inglesa que significa “tinido”. O jingle é uma mensagem publicitária em forma musical. Precisa ser curta, simples, cativante e fácil de memorizar.

Fonte: http://rccrj.org.br/index.php/comunicacao-social/610-comunicando-na-rcc-e-no-go-glosso

ATIVIDADE 1:

Comece a aula perguntando para os alunos se eles se lembram de alguma música presente em propagandas de rádio ou de televisão. Provavelmente, os alunos falarão dos jingles que fazem parte do seu cotidiano. Explique para os alunos que essas músicas utilizadas em campanhas publicitárias são chamadas de jingle.

Registre os jingles mais cantados pelos alunos em um cartaz na sala de aula, relacionando-o aos produtos que eles ajudam a vender. Não é necessário copiar toda a música, só uma parte que ajude a lembrar de que produto se trata.

Em seguida, organize as crianças em grupos para que elas perguntem para pessoas mais velhas na escola se elas se lembram de algum jingle de quando elas eram crianças. Elas podem fazer uma breve entrevista com a diretora, o porteiro, algum outro professor, as auxiliares de serviços gerais, etc. Nesse momento, o professor pode recordar com as crianças como deve ser sua fala ao se buscarem informações. Relembre que elas devem se apresentar, explicar o motivo da visita e o objetivo da entrevista com essas pessoas. O resultado dessa conversa deverá ser apresentado na próxima aula. Para complementar as informações, as crianças podem também entrevistar seus familiares.



ATIVIDADE 2 

Pedir aos alunos que contem os jingles que seus familiares e as pessoas da escola se lembraram. Eles também devem ser registrados junto àqueles lembrados pelos alunos na aula anterior. O professor pode realizar uma discussão, perguntando ao alunos por que eles acham que os familiares se recordam desses jingles antigos. Será que existe algo nesse tipo de propaganda que faz com que mais facilmente seja lembrada? Pode-se direcionar a discussão para que os alunos percebam que é mais fácil lembrar-se de uma música do que de falas e que esse gênero se utiliza dessa estratégia para atingir seu objetivo: fixar uma marca e vender com mais eficiência um determinado produto.



ATIVIDADE 3 

O professor pode exibir alguns exemplos de jingles para os alunos. Adiante seguem dois links: de uma propaganda televisiva e de uma seleção de vários jingles radiofônicos.

http://www.youtube.com/watch?v=onQtazZSRVE&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=q9WOJh5Voh4



Após exibir a primeira propaganda, o professor pode apresentar a letra do primeiro jingle:

O Elefante é fã de Parmalat

O porco cor-de-rosa e o macaco também são

O panda e a vaquinha só querem Parmalat

Assim como a foquinha, o ursinho e o leão

O gato mia

O cachorrinho late

O rinoceronte só quer leite Parmalat

Mantenha o seu filhote forte, vamos lá

Trate seus bichinhos com amor e Parmalat.

Tomou?
Podem ser realizadas algumas perguntas para as crianças, articulando a letra às imagens presentes na propaganda, como por exemplo:

- Do que fala a música?

- Que produto a propaganda pretende vender?

- Por que ela utiliza imagens de animais e crianças para vender esse produto?

- Qual a relação que existe entre o jingle e as imagens utilizadas?

- Existe rima no texto? Para que serve a rima nesse texto?

- Alguma palavra é repetida várias vezes? Qual? Por quê?

Levar os alunos a perceberem que, no caso desse jingle, mas também em vários outros exemplos, a repetição da marca do produto tem como função fazer com que os prováveis consumidores se lembrem da existência dele. De modo semelhante, a rima também tem como objetivo auxiliar a fixação da letra da música. Em jingles exibidos na televisão, a relação entre as imagens e a música cantada é importante para produzir o efeito de vender o produto.



ATIVIDADE 4

Agora que os alunos já reconheceram as principais características do jingle, eles podem iniciar o processo de produção de um texto desse gênero. O professor pode sugerir que os alunos criem um jingle para um produto determinado, para algum evento ou para divulgar a escola. Para facilitar o trabalho dos alunos, pode-se sugerir que seja feita a paródia da letra de alguma canção conhecida. A paródia é um recurso comumente utilizado em jingles. Para exemplificar a atividade, o professor pode passar o seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=SXC2CkDzTXo



Nessa propaganda, uma música que fez sucesso é utilizada para divulgar um determinado produto. Para que os alunos não tenham que se preocupar em criar uma melodia, eles podem utilizar uma música que já conhecem e concentrar seus esforços na criação de uma letra adequada ao gênero. É importante que os alunos contem com o auxílio do docente nesse processo de criação para que não percam o foco na hora de produzir o jingle.

Depois do processo de produção, os alunos podem gravar o seu jingle em um gravador para posterior exibição para a turma.



ATIVIDADE 5 

As gravações dos jingles feitas pelos alunos devem ser ouvidas na aula seguinte. O uso do gravador é bastante útil para revisar e avaliar textos orais. Ao escutarem seus textos gravados, os alunos podem se auto-avaliar e também avaliar o trabalho dos colegas. Alguns critérios podem ser apresentados para que eles verifiquem se o trabalho foi feito de maneira adequada, tais como: adequação do texto ao produto que se quer vender ou divulgar, uso adequado das palavras, entonação usada, ritmo, destaque do produto a ser vendido, entre outros. Essa avaliação, além de ajudar o professor a perceber se os alunos compreenderam o gênero que se quer estudar, auxilia os estudantes na avaliação da sua própria produção e pode permitir que eles criem textos orais adequados a sua finalidade.

ATIVIDADE EXTRA

Criar um jingle a partir de uma melodia já existente (PARÓDIA).
Em grupo, escolher um substantivo abstrato ou não palpável e criar uma propaganda onde esse substantivo seja o produto a ser vendido. O produto será na verdade um sentimento que será promovido pelo jingle criado.

Exemplos de sentimentos (ou substantivos abstratos):

  • tristeza
  • alegria
  • vontade
  • amor
  • justiça
  • paz
  • etc.
Apresentar o jingle, cantando-o para o restante da classe.
Entregar a letra do jingle, com capa contendo nomes, nºs e série dos componentes do grupo.
Será avaliado de acordo com a criatividade e participação de todos os envolvidos.

Recursos Complementares
O professor que quiser se aprofundar na discussão sobre o assunto, pode acessar o seguinte endereço eletrônico: 

http://www.cdscompletos.org/nacional/os-maiores-jingles-de-todos-os-tempos/ 



Avaliação


Durante todo o trabalho, o professor pode avaliar seus alunos. Como essa é uma atividade que inclui também questões de oralidade, o professor deve estar atento ao modo como seus alunos se expressam, não para corrigir determinadas falas, mas para adaptar a fala ao contexto em que está inserida. Para uma avaliação mais pontual, a atividade 5 é bastante adequada. Além de permitir compreender o resultado final, o professor pode estimular a auto-avaliação por parte dos alunos.

CARTAZ - FORMA DE COMUNICAÇÃO VISUAL


Cartaz Publicitário 


  • Origem



Os primeiros Cartazes 


Os primeiros prospectos de cartazes foram desenvolvidos ainda no século X por meio de xilogravuras, obtidas através da impressão de matrizes de madeira pelos povos orientais.

Na época renascentista, o primeiro cartaz conhecido é de Saint-Flour, de 1454, feito em manuscrito, sem imagens. Mas foi somente no final do século XIX que a arte de reunir textos e ilustrações numa folha de papel alcançou maior projeção ao ser propagada pelos mercadores europeus, assim como um alto grau de sofisticação pela mão de artistas plásticos da época. A integração entre produção artística e industrial é uma herança da carreira de Jules Cherét. Filho de um compositor tipográfico e aprendiz de um litógrafo em Paris, foi em Londres que estudou as técnicas mais recentes da altura. De volta a Paris em 1860, Cherét gradualmente desenvolveu um sistema de 3 a 4 cores de impressão.



Cartaz de Saint-Flour, 1454


O estilo de Cherét atingiu o seu auge por volta de 1880 e foi adotado e desenvolvido por outros artistas como Pierre Bonnarde e Toulouse-Lautrec.



Jules Chéret a mostrar o seu trabalho a Henri de Toulouse-Lautrec



Reconhecido por retratar cenas da vida noturna e do submundo parisiense, Toulouse-Lautrec, por exemplo, assinou centenas de cartazes de divulgação de espetáculos de cabaré, então reproduzidos através de pedras litográficas. Foi nas mãos de Toulouse-Lautrec, através do toque impressionista que a arte publicitária alcançou popularidade. 



Moulin Rouge, Henri de Toulouse-Lautrec, 1891


A litografia colorida tornou-se assim disponível no final deste século, possibiltando aos artistas da época trabalhar diretamente na pedra, sem as restrições da impressão tipográfica. Este avanço tecnológico foi responsável pelo florescimento e difusão dos cartazes impressos.



Cartaz de J. Chéret, 1895





Links (Exemplos de cartazes e como fazer um cartaz)




Exemplos de cartazes publicitários culturais:















CARTAZES FEITOS COM COLAGEM














Atividades

A partir do slideshare contido nos links desta postagem, responda as questões da apostila 2, na página 36 (na própria apostila):

  1. Qual é a função de um cartaz? Há relação entre texto e imagem na comunicação visual do cartaz?
  2. É possível saber o que um cartaz está divulgando quando se observam apenas as imagens?
  3. Qual é a diferença entre os cartazes mostrados nas imagens das páginas 32 a 36, os cartazes espalhados pela cidade e os que estão expostos na escola?

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

1ºs A, B, C e D - Texto e Interpretação



INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS

Paredes e muros de casas transformam o Jardim Miriam, um bairro na periferia de São Paulo. Lá, a artista Mônica Nador tem oferecido máscaras de motivos ornamentais a moradores para que adornem suas casas. Nador pinta paredes, propõe reformas, organiza lideranças locais, realiza ateliês para jovens, tudo por meio do Jardim Miriam Arte Clube (Jamac), que ela fundou e dirige.









Néle Azevedo faz intervenções em espaços públicos com seus Monumentos mínimos – pequenas figuras de gelo que se derretem delicada e morosamente aos olhos dos transeuntes. E já percorreu o mundo fazendo essas intervenções, que sempre encantam e provocam estranhamento nos passantes.




Monumentos Mínimos



Certas intervenções estão tão inseridas no cotidiano que podem passar despercebidas. Cildo Meirelles, na década de 1970, em pleno tempo de repressão da ditadura, criou brechas de denúncia e reflexão a partir de seus objetos, como Inserções em circuitos ideológicos: carimbou, em cédulas de 1 cruzeiro (moeda corrente no Brasil, à época), “Quem matou Herzog”?






Novas pesquisas e estudos podem ser feitos com o professor de História, pois o jornalista, preso político na época da ditadura militar, foi morto em outubro de 1975, sendo declarada como causa oficial da morte o suicídio. A obra de Cildo reforça a questão pelo fluxo da arte, que se intromete no curso da vida.

No projeto Coca-Cola, de 1970, Cildo revelou outros “circuitos ideológicos”. Nas embalagens de vidro retornáveis, Meirelles gravou informações e opiniões críticas e devolveu-as à circulação. Com silkscreen, a tinta branca vitrificada não aparecia quando a garrafa estava vazia, mas apenas quando cheia, tornando visível a inscrição contra o fundo escuro do líquido da bebida.






Cildo Meirelles pulveriza pela arte um pensar reflexivo, já que cria uma oposição entre consciência (inserção), como função da arte, e anestesia (circuito), como função da indústria.

Hoje há muitos artistas que fazem intervenções. O Grupo Poro é formado por dois artistas que criam interferências em arte. Interferem em espaços públicos, fotografam ralos, tampas de bueiro, caixas de inspeção que se tornam adesivos colados no chão da galeria onde expõem.


Jenny Holzer trabalha com a palavra, intervindo em espaços como para-choques de caminhão e painéis luminosos ou fazendo projeções sobre o mar, montanhas, prédios. 








Regina Silveira, em Super X (night and day), de 1999, fez que a imagem de um Super-Homem fosse projetada com raios laser sobre prédios e muros na cidade de São Paulo.

Super X (nigt and day)



Intervenções, quando têm duração curta, podem ser definidas na categoria de ARTE EFÊMERA. 


Questões - Intervenções Artísticas (devem ser copiadas e respondidas em folha à parte)
  1. Como o artista Cildo Meirelles pulveriza pela arte um pensar reflexivo? 
  2. Onde podem ser feitas as pesquisas sobre a morte de Vladimir Herzog e qual o resultado a que chegaram sobre sua morte? 
  3. Como podem ser definidas as intervenções que tem curta duração? 
  4. Como é o trabalho de Mônica Nador no Jardim Miriam, bairro da periferia de São Paulo? 
  5. O que foi gravado nas embalagens de Coca-Cola no Projeto Coca-Cola de 1970? 
  6. Como são as figuras da obra Monumentos mínimos?
  7. Como foi feito o trabalho de intervenção de Jenny Holzer e Regina Silveira? 
  8. Explique a obra Inserções em circuitos ideológicos de Cildo Meirelles quanto à época em que foi criada e a ideia que queria transmitir. 
  9. Onde se concentram as interferências artísticas do Grupo Poro e como são os trabalhos realizados? 
  10. Por que o artista escolheu objetos que operam em sistema de circulação, sejam as notas de dinheiro, sejam as garrafas retornáveis?
ENTREGAR ATÉ DIA 03/09/2014