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sábado, 4 de julho de 2015

MÚSICA - 8º ANO - 1º BIMESTRE

Do Cravo ao Piano


Instrumento musical de cordas, com um ou três teclados, semelhante ao piano. O cravo é menor e mais leve, e suas cordas são tangidas e não percutidas como as do piano, produzindo um som mais claro e mais vivo.



As cordas do cravo são distendidas sobre duas tiras de madeira chamadas cavalete e noz. O cavalete está colado a uma folha fina de madeira chamada tampa de ressonância.

A noz é colada a um bloco de madeira que corre paralelo ao teclado e que segura as cavilhas. Quando uma corda é tangida, sua vibração é transmitida pelo cavalete à tampa de ressonância. Esta então transmite as vibrações para os lados e o fundo do instrumento, denominado caixa, do qual se ouve o som.



Cravo


O som é produzido pelo tanger das cordas por meio de plectros, uma pequena peça de pena de ave ou de couro, que se projeta de uma peça de madeira denominada lamela. Quando o músico toca uma tecla, a lamela se levanta e o plectro tange uma corda. Quando o músico liberta a tecla, a lamela cai. Depois que o plectro toca a corda, ele volta sobre um pivô de madeira chamado lingueta, passando pela corda sem tocá-la uma segunda vez. Um abafador na lamela impede a vibração da corda.





Visão esquemática de um cravo 2x8 de manual simples.
1) tecla,
2) batente do nome,
3) placa do nome
4) pinos de afinação,
5) porca,
6) trilho do saltador,
7) registros superiores,
8) corda ,
9) cavalete,
10) pino de sustentação,
11) revestimento,
12) curvatura lateral,
13) moldura,
14) placa de som,
15) folga,
16) trilho interno superior,
17) saltador,
18) trilho interno inferior,
19) base,
20) cavalete,
21) pino guia,
22) registros inferiores,
23) prancha de afinação,
24) pino balanceador,
25) estrutura do teclado.

A maioria dos cravos tem duas ou três peças de madeira, chamadas registros, que podem ser usadas para conectar e desconectar os conjuntos de lamelas de seus conjuntos de cordas. É comum uma série de cordas soar uma oitava acima da outra, podendo ser empregada para dar mais brilho à sonoridade do instrumento.

O cravo apareceu pela primeira vez no séc. XIV, mas não se conhece seu inventor. No final do séc. XVI, o instrumento já se tornara popular. Entre os compositores famosos de música para cravo, destacam-se Johann Sebastian Bach, François e Louis Couperín, Girolamo Frescobaldi e Domenico Scarlatti.

No final do séc. XVIII, o piano começou a substituir o cravo, mas este recuperou parte da importância musical a partir da década de 1940.



 
Cravo


Espineta 


Virginal

Piano de cauda

Piano de armário





ESPINETA

Espineta


A Espineta, instrumento musical de Cordas pinçadas, data do final do século XVII e é uma variante em escala menor do Cravo. Possui apenas um manual (teclado) e uma corda para cada nota. Fazendo-se uma vista aérea sobre este instrumento, constatamos que a Espineta apresenta o elegante desenho de uma asa desenvolvida.

O teclado localiza-se na frente das cordas, e estas, em plano, apresentam um desvio de direção de 45 graus. As cravelhas de afinação estão por detrás do teclado, assim como no Cravo. Utiliza um mecanismo de disparo para pinçar as cordas idêntico ao do Cravo.

O som da Espineta é semelhante ao do Cravo, porém é mais claro do que o som do Virginal, por motivos construtivos.

VIRGINAL

O Virginal é também um instrumento musical de Cordas pinçadas ou pulsadas, podendo ser entendido como um tipo simplificado de Cravo.

Virginal

Mal comparando, o Virginal assemelha-se a um caixote de madeira, formato retangular, com apenas um teclado. Este teclado pode estar localizado à esquerda, à direita ou no centro do lado maior do retângulo, conforme a concepção construtiva escolhida.

As suas cordas são de arame, uma para cada tecla, distendidas no sentido aproximado da diagonal do retângulo da caixa, com as cravelhas de afinação à direita.

A obtenção do som é similar ao Cravo, isto é, através do pinçamento das cordas por um mecanismo análogo.

Sua existência remonta dos idos do ano de 1500.

PIANO

Este importante instrumento musical, caracteriza-se como do tipo de Cordas percutidas ou marteladas.


Piano de Cauda


O seu emprego, na Música em geral, é por demais difundido, fazendo parte da formação cultural de muitos povos.
Pode-se dizer que o Piano surgiu por volta de 1700, através de experiências e pesquisas de melhoramentos efetuadas por Bartolomeu Cristofori, em Florença.

Dos modelos precaríssimos no início, o Piano foi evoluindo até tornar-se um instrumento musical aceito pelos mestres da Música erudita. E assim foi. Em 1783, são adaptados os dois pedais. Em 1790, surge o Piano com cinco oitavas de extensão e em 1794, o Piano de seis oitavas. Foram conquistas importantes!

Mas, a melhoria mais significativa, foi a invenção do duplo escapo, em 1821. Trocando em miúdos, o que isto quer dizer?

Duplo escapo é um mecanismo que permite reposicionar o martelo, depois de golpear a corda, novamente a uma pequena distância da mesma, enquanto a tecla permanece abaixada. Dizendo de outra maneira, ao premir-se uma tecla, antes mesmo do dedo liberá-la, o martelo percute a corda e já se posiciona a uma pequena distância da mesma, pronto para novo golpe.




Com este recurso, notas rápidas e repetitivas, tornaram-se possíveis de serem executadas, mercê do duplo escapo. Isto representou um grande avanço tecnológico no Piano, tornando-o ágil, preciso e moderno.

Com o passar dos anos, novos aperfeiçoamentos foram introduzidos no Piano. Ampliaram o número de notas, suas cordas ficaram mais longas e mais grossas, melhorando a qualidade musical. Os martelos, antes revestidos de couro, receberam uma cobertura de feltro, aperfeiçoando em muito a sua sonoridade.

Com relação às cordas do Piano, que são de aço, mister se faz uma ressalva: em seu registro Baixo, há apenas uma corda para cada nota, sendo que esta corda é do tipo enrolada de cobre, para ampliar a sua ressonância; na extensão do registro tenor, são duas cordas para cada nota; e para o restante, segmento mais agudo, há três cordas para cada nota.

No século XIX, passou-se a construir Pianos verticais, tipo armário ou de parede. Com este novo modelo, ganhou-se na redução do tamanho e no barateamento do preço e o Piano foi popularizado, fazendo parte do mobiliário das residências em geral.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Piano tornou-se um instrumento musical sempre presente nas salas de visita das moradias em geral. Alguns, dedicavam-se a ele como estudo, outros por entretenimento, passando o Piano a ser um determinante cultural na formação familiar.

A transmissão de conhecimentos pianísticos de pais para filhos foi um fator de aculturação positivo e incontestável. Por esta razão, vários músicos de Jazz tiveram o vislumbre de suas musicalidades através de seu velho Piano doméstico.

Piano de Armário





Complementando, lembramos que o Piano de cauda (aquele que alguém já pilheriou como sendo um Piano vestindo fraque) classifica-se de acordo com o seu comprimento, existindo: ¼ de cauda ("baby gran concert"), meia cauda, cauda inteira e grande cauda ou gran concert. A figura acima retrata a exuberância de um piano Steinway & Sons, modelo D, Concert Grand.

O Piano, normalmente, apresenta dois pedais. O pedal direito, às vezes chamado erroneamente de "pedal forte", quando pressionado, retira os abafadores das cordas, fazendo com que as mesmas continuem vibrando, mesmo que as teclas deixem de ser tocadas. Já o pedal esquerdo, chamado também de una corda, pedal surdina ou pedal doce, serve para atenuar o brilho da sonoridade. Em alguns Pianos, encontra-se um terceiro pedal na posição central, chamado de pedal sostenuto. Este pedal, ao ser acionado, mantém os abafadores fora somente das cordas cujas teclas estiverem abaixadas no momento. Assim, estas teclas terão o som sustentadas, enquanto as outras poderão ser tocadas livres do sostenuto.

A extensão de escala do Piano varia, evidentemente, de acordo com o seu número de teclas. No Piano de oitenta e cinco teclas, que são os modelos mais antigos, a extensão compreende sete oitavas justas e no Piano de oitenta e oito teclas, que são modelos atuais, a escala abrange sete oitavas justas e uma terça maior. Como lembrete, registramos que há pianos especiais, construídos sob encomenda, que possuem mais de oitenta e oito teclas.

Os registros do Piano assumem as diversas regiões da escala musical, englobando: subgrave, grave, médio, agudo e superagudo.

As partituras musicais para o Piano são escritas na Clave de Sol, para a mão direita e na Clave de Fá na quarta linha, para a mão esquerda, salvo eventuais exceção indicadas.

Supercuriosidade: O compositor russo Ivan Vishniegrádski em 1933 criou um piano de quartos de tons, constituído por três teclados afinados diferentemente entre si, obtendo com isso divisões menores que o meio tom (piano tradicional). Mas a idéia não vingou e Vishniegrádsk passou então a usar dois pianos com afinações diferenciadas em 1/4 de tom, a fim de reproduzir as suas composições microtonais.

O Jazz deu ao Piano uma nova e diferente maneira de expressão. O Piano jazzístico é de uma eloquência muito expressiva, conseguindo traduzir os sentimentos melódicos muito fielmente. O diálogo que o Piano empreende, no Jazz, com outros instrumentos, resulta em formas bastante definidas e na linguagem musical harmonicamente correta.

Por isto, o Piano no Jazz consagrou-se como um instrumento musical praticamente indispensável e sua presença acontece desde nos pequenos conjuntos até nas grandes formações orquestrais.

Fazemos empenho para que sejam ouvidas e avaliadas as interpretações de notáveis pianistas jazzísticos, que fazem parte da nossa Galeria. Temos a certeza de que abrir-se-ão novas concepções e novos horizontes nos sentimentos e nos conhecimentos musicais dos estudantes e diletantes da Música.

As referências aos pianistas Oscar Peterson, Erroll Garner, Bill Evans, McCoy Tyner, entre outros, não exclui a observância do grande elenco restante.

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