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domingo, 5 de junho de 2016

TEATRO DE BONECOS

INTRODUÇÃO









Teatro de Bonecos  (Por Ana Lucia Santana)  


A história do Teatro de Bonecos é tão ancestral quanto a do próprio teatro tradicional. Esta arte já está presente entre os primitivos que, deslumbrados com suas silhuetas nas paredes das cavernas, elaboraram o teatro de sombras, visando talvez entreter suas crianças. Desde então o Homem não estancou mais seu impulso criativo. Surgem os bonecos moldados com barro, desprovidos de junções, para posteriormente aparecerem os primeiros exemplares com a união de cabeça e membros.

O Teatro de Bonecos nasceu há muito tempo atrás, no Oriente, principalmente na China, na Índia, em Java e na Indonésia. Lá ele conquistou um status espiritual e era tratado com muita reverência. Os orientais consideravam estes bonecos como verdadeiros deuses, dotados de recursos mediúnicos e fantásticos. Eles eram criados com tamanha perfeição que se tornavam idênticos aos seres vivos, muitas vezes inspirados realmente em personagens reais.


Esta arte desembarcou na Europa através dos negociantes, logo se difundindo por todo o continente. Entre os gregos eles eram portadores de tamanha ousadia, que muitas vezes eram usados como ferramentas para se ironizar o Cristianismo. Os romanos herdaram este elemento cultural e muito contribuíram para seu aprimoramento e conseqüente disseminação.

No universo ocidental, ao contrário do Oriente, vê-se a razão humana tentando dialogar com o sagrado de forma rudimentar. Na era medieval esta arte foi alvo de intolerância religiosa, pois foi utilizado, nesta época, como um meio de evangelizar as pessoas. Ela era normalmente exibida durante as feiras livres nos burgos.

Em terras americanas, o Teatro de Bonecos chegou pelas mãos dos colonizadores, em meados do século XVI, na era das grandes descobertas. Desta forma este movimento cultural aportou no Brasil, mais uma vez como instrumento de doutrinação religiosa. Ele se consolidou no Nordeste, fixando-se especialmente em Pernambuco, sendo batizado na Paraíba como Babau. Através desta arte os artistas podem transmitir ao público sua mensagem impregnada de temáticas sociais.

A graça do boneco está em sua associação de movimento e sonoridade, o que encanta e seduz principalmente o público infantil. O Teatro de Bonecos está sempre intimamente ligado ao entorno histórico, cultural, social, político, econômico, religioso e educativo. Em cada recanto do Planeta, por conta da diversidade cultural, ele recebe um nome distinto.

Na Itália encontra-se o Maceus, posteriormente substituído pelo Polichinelo; na Turquia, o Karagoz; na Grécia, as Atalanas; na Alemanha, o Kasper; na Rússia, o Petruska; em Java, o Wayang; na Espanha, o Cristovam; na Inglaterra, o Punch; na França, o Guinhol; nos Estados Unidos, o Mupptes; e no Brasil, o Mamulengo.

O Teatro de Bonecos ganha existência nos palcos por meio do movimento das mãos do ator que o manipula, narra as histórias e transcende a realidade, metamorfoseando o real em momentos de magia e sedução. Mas ele também tem um alto potencial educativo, podendo se converter em poderoso instrumento nas mãos de um bom educador.

Fontes
http://www.geocities.com/cerridween/history.htm
http://augustobonequeiro.wordpress.com/2007/04/14/historia-do-teatro-de-bonecos/



 Exemplos de bonecos pelo mundo


Bunraku




Wayang

Polichinelo

Petruska

Bonecos tailandeses


Marionete

Karagoz

Punch

Marionete


Fantoche de luva

Mamulengos







Objetivo(s)
  • Estudar as formas de fazer teatro com bonecos e as diferentes técnicas de bonecos/fantoches, com ênfase em bonecos de colher de pau.

Conteúdo(s) 
  • Criação de bonecos feitos em colher de pau
  • O item de cozinha pode ser encontrado facilmente em várias lojas e por um preço bem camarada. Depois é só usar a criatividade para criar os personagens. Você pode usar retalhos de tecido ou feltro, botões, cola, fitas e muito mais.
    Você ainda pode desenhar na madeira e pintar os personagens: crianças, homens, mulheres, animais.-  http://www.xalingo.com.br/blog/2014/07/vamos-fazer-fantoches-de-colher-de-pau/#sthash.bVqATWRE.dpuf
  • Criação do texto teatral para a apresentação das histórias
  • Criação do palco para as apresentações


Ano(s)
  • 7ºs anos A, B, C e D

Material necessário:
  • 1 colher de pau por aluno
  • retalhos de tecidos
  • papel crepom estampado ou colorido
  • tesoura
  • régua
  • fitas
  • lãs
  • olhinhos de boneco (par)
  • canetinha preta
  • cola quente
  • retalhos de papelão
  • livros de teatro de bonecos com textos teatrais para inspirar os alunos.
Interdisciplinaridade
  • O professor de Língua Portuguesa poderá auxiliar na correção dos textos teatrais que os alunos criarão para apresentarem utilizando os bonecos criados por eles.

Desenvolvimento 
  • 1ª ETAPA: CRIAÇÃO DOS BONECOS
  • A colher de pau é a base. 
  • Os elementos a serem inseridos vão depender de que tipo de personagem o aluno irá criar.
  • Alguns exemplos de fantoches...











Mais sugestões de bonecos/fantoches de colher de pau:
https://br.pinterest.com/adrianabarros19/teatro/

PALCOS (SUGESTÕES)



Características:

- Teatro de Tecido cortininha painel com alça para pendurar
- Ótimo para brincadeiras com fantoches e dedoches
- Conte historinhas e ensine as crianças de uma forma diferente
- Estimula a criatividade, representação e interpretação de histórias
- Colorido e chamativo
- As crianças vão adorar brincar e também assistir pecinhas de teatro
- Alças para pendurar e cordinhas laterais para amarrar
- Ótimo para escolas, brinquedotecas, quartos de brinquedo, etc.

Especificações:
- Composição: Feltro e uma barra de madeira
- Dimensões aprox.: 1,60cm x 80 cm




http://www.fabricadebrinquedos.com.br/Teatro_Fantoche1.html 
(SUBSTITUA A CAIXA DE SAPATO POR UMA CAIXA MAIOR. O PROCEDIMENTO É IGUAL, AUMENTANDO AS MEDIDAS DE ACORDO COM O TAMANHO DA CAIXA)



http://blogtiale.blogspot.com.br/2010/11/cenarios-para-teatro-de-fantoches.html







  • 2ª ETAPA: CRIAÇÃO DA HISTÓRIA
  • Os alunos se reunirão em grupos para criarem a história a partir dos personagens feitos por eles nas colheres de pau.

  • 3ª ETAPA: REVISÃO DA HISTÓRIA
  • Correção de eventuais erros de grafia e concordância nas falas das personagens

  • 4ª ETAPA: ENSAIOS E APRESENTAÇÃO
  • Os alunos passarão a ensaiar as falas durante as aulas de Arte e em períodos fora do horário de aula.
  • As apresentações dos grupos se darão na Sala de Artes da escola. 
Avaliação
  • Individual: Durante a confecção dos bonecos (participação e disciplina) e na arte-final dos bonecos.
  • Grupo: Criação da peça e apresentação.
Variação para festas de final de ano

Papai Noel de feltro (vermelho e branco) e
laço xadrez. A carinha pode ser desenhada totalmente ou
os olhinhos podem ser colados.

Carinhas de feltro, laços e cabo da colher pintado em verde ou vermelho
Pintura na colher de pau inteira ( verde para o fundo e pontinhos em
vermelho e branco). Colar um Papai Noel de feltro ou de biscuit
no meio da colher. Decorar com um lacinho na ponta do cabo da colher.

Carinha do Papai Noel pintada diretamente no formato da colher
criando assim a barba do velhinho. Plumante no lugar do gorro.
Pintar o cabo de vermelho e colar um pompom na ponta deste.
Decorar com "oclinhos"e frutinhas no gorro.