quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

RELEITURA DE OBRA DE ARTE


O que é releitura?



Assim como existem diversas interpretações de uma obra de arte, existem diversas possibilidades de releituras dessa obra. Uma boa releitura irá depender de uma boa compreensão na leitura da obra. Reler uma obra é totalmente diferente de apenas reproduzi-la, pois é preciso interpretar bem aquilo que se vê e exercitar a criatividade. Ao recriar uma obra não é necessário empregar a mesma técnica usada pelo artista na obra original. Na releitura de uma pintura podemos utilizar outras formas de expressão artística como o desenho, a escultura, a fotografia ou a colagem. O mais importante é criar algo novo que mantem um elo com a fonte que serviu de inspiração. Uma boa proposta de releitura se baseia em um conhecimento prévio do artista e da obra: a época em que ele viveu, sua biografia, artistas que admirava, outros artistas de seu tempo, o tema da obra e de outros trabalhos seus, a técnica utilizada, etc. Há inúmeros casos de grandes artistas que a utilizaram para se aperfeiçoar, homenagear seus mestres ou alguma obra em especial, como veremos no curso de Arte Moderna. No caso das artes, as atividades de releitura possuem um enorme valor educativo e, algumas vezes, geram resultados que se tornam conhecidos e resultam em uma sequência de obras, em outros tempos e estilos. Existem vários exemplos disso na arte, como é o caso da pintura Almoço na Relva de Manet que inspirou o quadro de Picasso. Manet se inspirou em Concerto Pastoral de Giorgione e em uma gravura de Marcantonio Raimondi, O Julgamento de Paris, gravura baseada em desenho de Rafael Sanzio. Ou, ainda, O Balcão de Manet de Magritte, releitura de O Balcão de Manet, que releu O Balcão de Goya. Abaixo, exemplos interessantes de releitura de alunos dos cursos de Design Gráfico, Design de Produto, Design de Ambientes e Licenciatura em Artes Visuais da UEMG. Releituras realizadas em 2007.


Exemplos de releituras modificando estilo e composição


O Balcão - Le Balcon

Óleo sobre tela | (1868)
Musée d'Orsay | Paris - França
Dimensões da obra: 170 × 124 cm









domingo, 6 de janeiro de 2019

CURSOS - PATRIMÔNIO, ARTE, PRESERVAÇÃO


Museologia


Conheça a profissão de Museologia, entenda o que faz um especialista nesta área e saiba onde estudar para se tornar um museólogo!


A Museologia estuda as relações entre a sociedade e seu patrimônio. É a ciência que se ocupa da conservação, organização e promoção de acervos, que podem ser artísticos, históricos, científicos, culturais e até mesmo coleções particulares.

O museólogo é um profissional que atua na área de cultura e patrimônio e tem suas atividades voltadas à investigação, preservação e comunicação dos bens culturais materiais (como pinturas, esculturas ou construções) e imateriais (como tradições ou folclore).

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Entenda um pouco mais sobre a profissão em Museologia, qual o perfil deste profissional e saiba onde estudar para se especializar nesta área!

Sobre Museologia

Ao contrário do que muitos possam pensar, o museólogo não trabalha apenas em museus. Suas atividades estão ligadas ao patrimônio cultural produzido pelo homem, como por exemplo: obras arquitetônicas, tradições populares, monumentos, manifestações artísticas, folclore, etc.

O museólogo tem como principais objetivos preservar e expor peças de valor histórico, cultural ou científico, e transmitir conhecimentos através de ações culturais envolvendo o acervo destas peças.


O curso de Museologia ainda não é muito conhecido. São poucas as instituições de ensino no Brasil que oferecem esta graduação e também são poucos os profissionais formados por ano nesta área.

A formação de nível superior em Museologia prepara profissionais com uma boa base de conhecimentos em História da Arte e História Geral. Além disso, o estudante aprende sobre a gestão de museus, conservação de acervos, documentação museológica, catalogação de peças e muito mais. É imprescindível que um profissional especializado em Museologia tenha interesse por história, cultura e artes, seja meticuloso e organizado.

Dentre as possíveis áreas de atuação de um museólogo, destacamos as seguintes:

Aquisição de obras

O museólogo é responsável por estabelecer políticas de aquisição de obras para compor o acervo de uma instituição ou para montar uma exposição.

Ele entra em contato com outros museus, empresas, instituições ou colecionadores particulares e cuida da documentação necessária para o empréstimo, venda ou permuta de obras.

Administração de Espaços Culturais


O museólogo se envolve em todas as questões relacionadas com o planejamento, execução e coordenação das atividades realizadas nestes espaços. Algumas de suas principais atividades são:
Planejar e gerenciar os serviços educativos e atividades culturais da instituição.
Executar todas as atividades necessárias para o funcionamento do museu.
Definir o espaço adequado à apresentação ou armazenamento das coleções.

Organização de Exposições

O museólogo seleciona as peças que farão parte da exposição, coleta informações relacionadas a elas e determina a melhor maneira de dispor e apresentar as obras. Para isto ele leva em consideração o perfil do público, o local e o tipo de instalação onde a exposição ocorrerá.

Conservação e Restauração

O museólogo preocupa-se com a conservação das obras quando estão guardadas, expostas ou sendo transportadas. Ele define e controla as condições do ambiente (como a incidência de luz, temperatura e umidade), a maneira como as obras são armazenadas e o tipo de embalagem adequada para o transporte seguro das peças.

Ele também avalia as obras e identifica quais necessitam de restauração.

Documentação e Catalogação

A organização do acervo é a principal atividade desta área da Museologia. Aqui o museólogo identifica, numera e fotografa as peças, controla a entrada e saída de cada item, realiza perícias para identificar o valor histórico, científico ou artístico de bens e averigua sua autenticidade.

Também faz parte de seu trabalho solicitar o tombamento de bens culturais, ou seja, o reconhecimento do valor histórico ou cultural desses bens e transformação deles em patrimônio.

Memória Empresarial

O museólogo pode trabalhar em empresas públicas ou privadas organizando seus acervos. Ele atua pesquisando e recuperando documentos e a história da instituição. Suas atividades englobam realizar um levantamento do acervo para então catalogar e inventariar cada peça ou documento.
Mercado de trabalho para Profissionais de Museologia

A profissão de museólogo é regulamentada e, para exercer suas atividades, o profissional deve se cadastrar no Conselho Regional de Museologia (COREM) do estado onde trabalha.

Além de atuar em museus de diversos tipos, como arqueológicos, etnográficos, de história e arte, de ciência e tecnologia ou comunitários, o museólogo encontra oportunidades de emprego junto a órgãos culturais e educacionais. Veja alguns exemplos:

  • Centros de memória
  • Fundações culturais
  • Galerias de arte
  • Universidades
  • Planetários
  • Institutos de pesquisa
  • Centros de documentação e informação
  • Antiquários
  • Parques e reservas ambientais
  • Bibliotecas
  • Coleções públicas e particulares
  • Sítios históricos e arqueológicos

Algumas instituições públicas realizam concursos para museólogos, como é o caso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e de algumas universidades.


Como se especializar em Museologia

O curso superior em Museologia é do tipo bacharelado e tem duração média de 4 anos. São poucas as instituições de ensino credenciadas pelo MEC que oferecem esta graduação. Ao todo, no País, existem apenas 16 universidades que possuem o bacharelado em Museologia. Confira algumas delas:



Profissionais com diploma de curso superior em áreas afins podem optar por cursos de pós-graduação em Museologia.

Também é possível ingressar nesta carreira através de um curso técnico em Museologia que é oferecido por instituições de ensino públicas e privadas de todo País.

Veja também:

Quanto ganha um historiador?

Você acha importante preservar a história e a cultura de nossa sociedade? Gostaria de seguir carreira na área da Museologia? Compartilhe suas ideias conosco aqui nos comentários!




Fonte: https://www.guiadacarreira.com.br/profissao/museologia/

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

TRENZINHO DO CAIPIRA - VILLA-LOBOS



Heitor Villa-Lobos


 Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil. As viagens que fez pelo interior do país influenciaram suas composições. Entre elas, destacam-se: "Cair da Tarde", "Evocação", "Miudinho", "Remeiro do São Francisco", "Canção de Amor", "Melodia Sentimental", "Quadrilha", "Xangô", "Bachianas Brasileiras", "O Canto do Uirapuru", "Trenzinho Caipira".

Em 1903, Villa-Lobos terminou os estudos básicos no Mosteiro de São Bento. Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas. Conheceu músicos famosos como Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e João Pernambuco.

No período de 1905 a 1912, Villa-Lobos realizou suas famosas viagens pelo norte e nordeste do país. Ficou impressionado com os instrumentos musicais, as cantigas de roda e os repentistas. Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.

Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições. Nessa época, já havia composto suas primeiras peças para violão "Suíte Popular Brasileira", peças para música de câmara, sinfonias e os bailados "Amazonas" e "Uirapuru". A crítica considerava seus concertos modernos demais. Mas à medida que se apresentava no Rio e São Paulo, ganhava notoriedade.


Em 1919, apresentou-se em Buenos Aires, com o Quarteto de Cordas no 2. Na semana da Arte Moderna de 1922, o aceitou participar dos três espetáculos no Teatro Municipal de São Paulo, apresentando, entre outras obras, "Danças Características Africanas" e "Impressões da Vida Mundana".

Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos viajou para Paris com recursos obtidos graças a projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. Um grupo de amigos e os irmãos Guinle também se propuseram a subvencionar sua estada na Europa. Com o apoio do pianista Arthur Rubinstein e da soprano Vera Janacópulos, Villa-Lobos foi apresentado ao meio artístico parisiense e suas apresentações fizeram sucesso.

Retornou ao Brasil em final de 1924. Em 1927, voltou à Paris com sua esposa Lucília Guimarães, para fazer novos concertos e iniciar negociações com o editor Max Eschig. Três anos depois, voltou ao Brasil para realizar um concerto em São Paulo. Acabou por apresentar seu plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com 12 mil vozes. Após dois anos assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística. A partir de então, a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o Curso de Pedagogia de Música e Canto. Em 1933, foi organizada a Orquestra Villa-Lobos.

Villa-Lobos apresentou seu plano educacional, em 1936, em Praga e depois em Berlim, Paris e Barcelona. Escreveu à sua esposa Lucília pedindo a separação, e assumiu seu romance com Arminda Neves de Almeida, que se tornou sua companheira. De volta ao Brasil, regeu a ópera "Colombo" no Centenário de Carlos Gomes e compôs o "Ciclo Brasileiro" e o "Descobrimento do Brasil" para o filme do mesmo nome produzido por Humberto Mauro, a pedido de Getúlio Vargas.

Em 1942, quando o maestro Leopold Stokowski e a The American Youth Orchestra foram designados pelo presidente Roosevelt para visitar o Brasil O maestro Stokowski realizou concertos no Rio de Janeiro e solicitou a Villa-Lobos que selecionasse os melhores músicos e sambistas, a fim de gravar a Coleção Brazilian Native Music. Villa-Lobos reuniu Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Cartola e outros, que sob sua batuta realizaram apresentações e gravaram a coletânea de discos, pela Columbia Records.

Em 1944/45, Villa-Lobos viajou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fundou a Academia Brasileira de Música. Dois anos antes de sua morte, o maestro compôs "Floresta do Amazonas"para a trilha de um filme da Metro Goldwyn Mayer. Realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, Israel, além de marcar importante presença no cenário musical latino-americano.

Praticamente residindo nos EUA entre 1957 e 1959, Villa-Lobos retornou ao Brasil para as comemorações do aniversário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a saúde abalada, foi internado para tratamento e veio a falecer em novembro de 1959.





O TRENZINHO DO CAIPIRA





Partitura do Trenzinho do Caipira - Villa-Lobos






Trenzinho Caipira
Música: Heitor Villa Lobos
Letra: Ferreira Gullar

Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra,
Vai pela serra, vai pelo mar
Correndo entre as estrelas a voar
Cantando pela serra ao luar
No ar, no ar, no ar.

Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra,
Vai pela serra, vai pelo mar
Correndo entre as estrelas a voar
Cantando pela serra ao luar
No ar, no ar, no ar.


Villa-Lobos - Bachianas Brasileiras Nº 2 - IV. Tocata (O trenzinho do caipira) . Minczuk


NCO: The Little Train of the Caipira, Villa-Lobos


TRENS E PAISAGENS














TRABALHO INDIVIDUAL (9ºS ANOS)

*Criar uma releitura utilizando os materiais da lista abaixo:

  • Papel canson A3 (cada aluno usará uma folha)
  • Lápis de cor
  • Lápis HB, 2B, 3B, 4B, 6B etc
  • Giz de cera
  • Tintas: guache; acrílica; plástica; aquarela, etc... pincéis...
  • Revistas, impressos, papeis coloridos, estampados, texturizados, etc... tesoura, cola bastão...
  • Canetinhas coloridas ou canetinha preta
  • Régua
  • Papel color set preto ou papel cartão preto (para a moldura do trabalho – tiras de 2cm de largura)
Importante:
Dos materiais de pintura, desenho e colagem, escolher somente o que vai utilizar em seu trabalho.







sexta-feira, 14 de setembro de 2018

RELEITURAS A PARTIR DE ASA BRANCA

ASA BRANCA
(Luís Gonzaga)



Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Links:
O sertão visto de diferentes formas
Vaqueiro nordestino


Antonio Carneiro Dourado (A Karneiro)

Antonio Carneiro Dourado (A Karneiro)

Valéria Souza

Desconhecido

Rosângela Borges

A Grande Mãe Nordestina - Eduardo Lima


As moças de Arcozelo (1940) - Portinari

Antonio Carneiro Dourado (A Karneiro)

Antonio Carneiro Dourado (A Karneiro)

Rosângela Borges


O Vaqueiro Nordestino - Desconhecido


Foto de paisagem sertaneja

Desconhecido

Foto de paisagem sertaneja

Antonio Carneiro Dourado (A Karneiro)

Dom Quixote Nordestino - Ricardo Carvalheira


Vidas Secas - Aldemir Martins (para o livro de Graciliano Ramos)

Aldemir Martins (Vidas Secas, Graciliano Ramos)


Cangaceiro - Aldemir Martins

Criança Morta - Cândido Portinari

Vaqueiro misterioso - Lendas e Mitos

Os Retirantes - Cândido Portinari

Releitura de Retirantes de Portinari